quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Situações Inesperadas...
Oi gente! Quem acompanha minhas aventuras sabe que não tem sido fácil enfrentar os obstáculos, e que tenho feito de tudo para conseguir superar tudo que surge. Só não podia contar que meu corpo não ia conseguir ir tão longe quanto minha imaginação ou determinação, estou com stress.
Não digo isso com tristeza, não mais, afinal, nossos limites são nossos guias também, temos que aceitar e construir nossas vidas dentro do possível.
O resultado não é dos melhores, pq tenho sentido fraquezas, muito cansaço e isso tudo afeta o emocional e a mente também. Não consigo ir à ANDE já tem 2 semanas, pois me sinto mal todos os dias e tenho sido assistida por um médico. Minha rotina se restringiu às mínimas e necessárias atividades e tenho aceitado isso da melhor maneira que posso, na esperança de poder retomar minhas atividades ou encontrar uma solução possível.
Enquanto isso vou seguindo a vida dentro do possível e aprendendo com isso, pois em tudo Deus nos mostra algo, é só querer ver.
Abraços em todos e orem por mim!
Sol
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Treino dia 19 de Novembro
Gostaria, primeiramente, de agradecer por uma etapa grandiosa cumprida: graças a muitos esforços e pessoas de bom coração, consegui uma rede de amigos para viabilizar meus treinos.
Todos sabem, pelas postagens anteriores, as dificuldades logísticas e financeiras que estive enfrentando para dar continuidade ao hipismo, pois é com grande alegria que posso dizer que uma parte está vencida: graças a pessoas que preferi não mencionar o nome por conta do perigo das informações expostas na internet, mas que saberão quem são, M, C, D, a equipe da ANDE, minha família e meu grande amigo, companheiro de volta, M, já tenho como ir e vir. Vou de ônibus patrocinado por meus amigos, a equipe da ANDE me busca, volto de carro com M, o que facilitou muito as coisas, emocionalmente inclusive.
A vocês, meus apoiadores e patrocinadores, meu muito obrigado de coração!
O único empecílio que surgiu recentemente é meu físico, que tem me pregado peças. Tenho passado momentos difíceis para fazer com que meu corpo dê conta de minha vontade, dando sinais de estafa. Mas tudo se ajeitará, tenho certeza.
Nesta semana fui brindada com uma palestra do Coronel Wickert sobre o cavalo para a Equoterapia. Bem, a palestra era focada para o Curso Básico de Equoterapia que aconteceu nesta semana na ANDE, mas o conteúdo era válido para todos que trabalham ou convivem com cavalos.
Pude aprender melhor sobre fisiologia, comportamento e cuidados com os cavalos, horsemanship e sobre o que os profissionais que cuidam diretamente do cavalo precisam saber. São tantas coisas!
Por exemplo, uma das coisas que mais matam cavalos é a cólica. O cavalo ingere a comida fermentada ou mofada e não consegue simplesmente vomitar, o sistema digestivo dele simplesmente não faz isso, e as soluções são poucas, portanto, a alimentação dos cavalos é muito importante.
Os cavalos possuem um tipo de visão periférica muito diferente da nossa, portanto, chegar de surpresa pode ser fatal, pois podem não te ver se estiver muito perto e em determinados ângulos, principalmente de frente.
Quando os cavalos estão em grupo, quem manda é a égua mais velha, não o macho. Este, sob domínio dela, cuida da segurança do grupo.
O cavalo possui uma boca cheia de nervos capazes de compreender, por meio da repetição e memorização, o que o dono deseja, mas muitos cavaleiros maldosos ou sem conhecimento, ferem o cavalo, que perde a sensibilidade na boca por conta dos maus tratos aos quais é submetido, e acaba não reconhecendo mais as ordens do dono. Não há necessidade de que os comandos sejam fortes, que machuquem, mas sim que sejam associados ao movimento e memorizados, bastando um sutil movimento.
Dentre estes, muito outros conceitos interessantes e úteis foram abordados.
O treino correu bem, Safira está melhor da pata e minha montaria está indo bem. Usamos uma sela muito boa desta vez, faz muita diferença.
É isso aí, até a próxima.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Finalmente, um videozinho!
Gente, tenho que falar desde já que este vídeo não é atual, foi feito no início de outubro. Minha querida máquina fotográfica deu uma pifadinha e não pude filmar algo mais novo. Como estive tentando postar este vídeo de um treino meu há tempos e só agora consegui, vai assim mesmo para terem uma noção de como é. Tá meio escuro, mas é por conta do local onde treino.
Neste estou treinando com uma música para ditar o ritmo, mas normalmente treino também sem música.
Minha montaria está bem melhor atualmente, este vídeo serviu muito para que eu melhorasse pois, ao me observar de fora, pude perceber vários erros.
Já são também 5 meses de musculação, 1 hora por dia, o que transformou totalmente meu condicionamento e resposta dos músculos, como já mencionei.
Bem, aproveitem e opinem!
Neste estou treinando com uma música para ditar o ritmo, mas normalmente treino também sem música.
Minha montaria está bem melhor atualmente, este vídeo serviu muito para que eu melhorasse pois, ao me observar de fora, pude perceber vários erros.
Já são também 5 meses de musculação, 1 hora por dia, o que transformou totalmente meu condicionamento e resposta dos músculos, como já mencionei.
Bem, aproveitem e opinem!
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Treino dia 5 de Novembro - Renovo garantido
Mais uma linda quarta-feira de treino.
Um dia muito especial pois pude conversar com toda a equipe da ANDE e pontuar todas as dificuldades que venho encontrando, gerando facilidades.
Bem, em resumo, ficou tudo muito claro e todos foram muito receptivos e me senti parte de uma equipe. Estaremos, juntos, pensando em soluções para facilitar estes treinos, visando o crescimento deste trabalho tão especial.
Safira que tem demonstrado dificuldades em uma de suas patas, o que nos causa uma preocupação quanto ao que pode ser. Parece que sente dor ou que falta-lhe força em uma das patas em alguns momentos, mas não sabemos ao certo ainda. Deus queira que ela fique curada, pois formamos uma bela dupla!
Meu condicionamento físico tem facilitado meu equilíbrio, e muito, sinto-me com maior domínio de meus músculos e equilíbrio, gerando melhores respostas com e sem as próteses. Continuo treinando com e sem as próteses, como antes.
Forças renovadas, perseverança garantida, somente mais alguns obstáculos removidos. Tudo certo. Continuo no hipismo, com novas perspectivas também.
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terça-feira, 28 de outubro de 2008
Ponto de Interrogação ou reta final?
Para aqueles que acompanham meus passos no caminho do hipismo, gostaria de partilhar estas pequenas palavras, não com pena de mim ou com falta de coragem e determinação, mas sim por pura e simples incapacidade, daqui não sei como ir mais.
Explicando melhor, cheguei a um ponto de meu caminho equestre no qual não sei mais como seguir adiante, é a mais pura verdade.
Desde que iniciei os treinos fora de minha cidade e com recursos financeiros limitados e instáveis (com muito trabalho, vale ressaltar, e alguns apoios), fui seguindo em frente com o que tinha: determinação, coragem, amigos e patrocínios em vista.
No entanto, após 4 meses de treinos fora de onde moro, não consegui os patrocínios que venho tentando (que custeiem ao menos os custos de transporte), os trabalhos que tentei fazer neste meio termo para custear minhas idas também não seguiram em frente e não consegui uma ida e volta estáveis de e para onde moro (essenciais para amenizar o cansaço dos treinos e viagens). A prefeitura também encontra-se em um momento instável pela mudança de prefeito, e não está apoiando nada, estive lá várias vezes.
Uma querida amiga me ajuda com um apoio financeiro e outro grande amigo me traz de volta, no entanto, sem reclamar, vale lembrar, minhas idas têm sido assim:
alguns dias antes do treino firmo com alguma amiga ou parente para que me busque, mas sempre tenho que confirmar no dia para ver se está tudo certo, na maioria das vezes não é a mesma pessoa. Acordo 5:30 no dia do treino e pego o ônibus de R$20 reais para Brasília, chego às 9:30h, tomo uma vitamina de R$3,00 na rodoviária, compro um cartão de celular de R$12 e espero minha carona, entro no carro e seguimos para a ANDE (onde treino), com uma pequena mala de rodinhas que levo e minhas muletas. Na ANDE cumprimento todos e vou me organizar para o treino. Treinamos das 10 às 11:30h ou um pouco mais. O treino é intenso e cansativo, ainda que maravilhoso.
Desço do cavalo e vou almoçar: o ir almoçar depende de muitos fatores pois, se almoço na ANDE, infelizmente, não me sinto bem com o tipo de comida pesada (sem ofensas), portanto, procuro evitar, custa, ao todo com bebida e tal, R$10. Daí, de vez em quando almoço com meu pai, o que exigem que nos movimentemos para algum lugar, ou seja, ou almoço melhor ou descanso porque se fico na ANDE não almoço bem mas descanso no alojamento que, gentilmente, o pessoal me ofereceu, mas se almoço bem não descanso nada.
À tarde treino novamente das 2 às 3:30h ou mais. Logo já tenho a preocupação em estar com tudo organizado para voltar, afinal, são 4 filhas e se perco minha carona sagrada só dá pra pegar o ônibus das 8 da noite, acreditem, e chegar à meia noite! Daí sempre tento alguém para me buscar e levar até a rodoferroviária para me encontrar com minha carona e seguir viagem, pois ele não pode me buscar por conta de seus compromissos. É uma pessoa maravilhosa que não me cobra nada, mas sempre faço questão de contribuir com o que posso.
O valor total disso, se fosse para fazer tudo tranquilo, como espero, seria de, aproximadamente, R$ 50 por ida, ou seja, R$ 200 por mês. Sei que é muito barato, mas a realidade é que ainda nos encontramos em uma situação financeira delicada, porém caminhando para o melhor e, mesmo conseguindo, preciso ter uma condição de ida e vinda mais estável e não tenho conseguido, por mais que tente.
Enfim, fazer isso tudo uma ou outra vez, tudo bem, mas essa maratona está se tornando difícil de aguentar.
Peço a Deus que me possibilite condições de ir, ainda que de ônibus, pegar um táxi ou ter uma pessoa fixa que me busque (para não ter que depender da boa vontade dos amigos sempre, pois toda semana tenho que ver quem pode me buscar e se pode, e não ficar me sentindo vulnerável, focada somente na qualidade do treino), ir para o treino com segurança e tranquilidade levando algo para comer e descansar na ANDE, e poder pegar um táxi, na volta, ou ter alguém que me busque sem problemas já fixo para me encontrar com minha carona com tranquilidade também ou poder pagar para que ele venha me buscar.
Ou ainda, o ideal, que eu tenha meu carro muito em breve e um patrocínio consistente para que me torne uma competidora de qualidade e ganhe muitas competições, focada somente no hipismo.
Continuo com a mesma determinação, saibam disso, mas certa de que só posso fazer o que dou conta e desta maneira estou me sentindo cada vez menos capaz de ir.
Antes de finalizar, gostaria de deixar meus sinceros agradecimentos por todos aqueles que vem me apoiando como podem, sou muito grata e jamais esquecerei. Não citarei nomes pois não pedi autorização a nenhum deles. Obrigada gente!
Explicando melhor, cheguei a um ponto de meu caminho equestre no qual não sei mais como seguir adiante, é a mais pura verdade.
Desde que iniciei os treinos fora de minha cidade e com recursos financeiros limitados e instáveis (com muito trabalho, vale ressaltar, e alguns apoios), fui seguindo em frente com o que tinha: determinação, coragem, amigos e patrocínios em vista.
No entanto, após 4 meses de treinos fora de onde moro, não consegui os patrocínios que venho tentando (que custeiem ao menos os custos de transporte), os trabalhos que tentei fazer neste meio termo para custear minhas idas também não seguiram em frente e não consegui uma ida e volta estáveis de e para onde moro (essenciais para amenizar o cansaço dos treinos e viagens). A prefeitura também encontra-se em um momento instável pela mudança de prefeito, e não está apoiando nada, estive lá várias vezes.
Uma querida amiga me ajuda com um apoio financeiro e outro grande amigo me traz de volta, no entanto, sem reclamar, vale lembrar, minhas idas têm sido assim:
alguns dias antes do treino firmo com alguma amiga ou parente para que me busque, mas sempre tenho que confirmar no dia para ver se está tudo certo, na maioria das vezes não é a mesma pessoa. Acordo 5:30 no dia do treino e pego o ônibus de R$20 reais para Brasília, chego às 9:30h, tomo uma vitamina de R$3,00 na rodoviária, compro um cartão de celular de R$12 e espero minha carona, entro no carro e seguimos para a ANDE (onde treino), com uma pequena mala de rodinhas que levo e minhas muletas. Na ANDE cumprimento todos e vou me organizar para o treino. Treinamos das 10 às 11:30h ou um pouco mais. O treino é intenso e cansativo, ainda que maravilhoso.
Desço do cavalo e vou almoçar: o ir almoçar depende de muitos fatores pois, se almoço na ANDE, infelizmente, não me sinto bem com o tipo de comida pesada (sem ofensas), portanto, procuro evitar, custa, ao todo com bebida e tal, R$10. Daí, de vez em quando almoço com meu pai, o que exigem que nos movimentemos para algum lugar, ou seja, ou almoço melhor ou descanso porque se fico na ANDE não almoço bem mas descanso no alojamento que, gentilmente, o pessoal me ofereceu, mas se almoço bem não descanso nada.
À tarde treino novamente das 2 às 3:30h ou mais. Logo já tenho a preocupação em estar com tudo organizado para voltar, afinal, são 4 filhas e se perco minha carona sagrada só dá pra pegar o ônibus das 8 da noite, acreditem, e chegar à meia noite! Daí sempre tento alguém para me buscar e levar até a rodoferroviária para me encontrar com minha carona e seguir viagem, pois ele não pode me buscar por conta de seus compromissos. É uma pessoa maravilhosa que não me cobra nada, mas sempre faço questão de contribuir com o que posso.
O valor total disso, se fosse para fazer tudo tranquilo, como espero, seria de, aproximadamente, R$ 50 por ida, ou seja, R$ 200 por mês. Sei que é muito barato, mas a realidade é que ainda nos encontramos em uma situação financeira delicada, porém caminhando para o melhor e, mesmo conseguindo, preciso ter uma condição de ida e vinda mais estável e não tenho conseguido, por mais que tente.
Enfim, fazer isso tudo uma ou outra vez, tudo bem, mas essa maratona está se tornando difícil de aguentar.
Peço a Deus que me possibilite condições de ir, ainda que de ônibus, pegar um táxi ou ter uma pessoa fixa que me busque (para não ter que depender da boa vontade dos amigos sempre, pois toda semana tenho que ver quem pode me buscar e se pode, e não ficar me sentindo vulnerável, focada somente na qualidade do treino), ir para o treino com segurança e tranquilidade levando algo para comer e descansar na ANDE, e poder pegar um táxi, na volta, ou ter alguém que me busque sem problemas já fixo para me encontrar com minha carona com tranquilidade também ou poder pagar para que ele venha me buscar.
Ou ainda, o ideal, que eu tenha meu carro muito em breve e um patrocínio consistente para que me torne uma competidora de qualidade e ganhe muitas competições, focada somente no hipismo.
Continuo com a mesma determinação, saibam disso, mas certa de que só posso fazer o que dou conta e desta maneira estou me sentindo cada vez menos capaz de ir.
Antes de finalizar, gostaria de deixar meus sinceros agradecimentos por todos aqueles que vem me apoiando como podem, sou muito grata e jamais esquecerei. Não citarei nomes pois não pedi autorização a nenhum deles. Obrigada gente!
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Treino - 22 de Outubro
Safira hoje estava muito afoita, por assim dizer. Tudo a interessava, dispersava, chamava a atenção. Me intriga a maneira como ocorrem os pensamentos para o cavalo, afinal, é um ser inteligente com certeza, gostaria muito de conhecer mais sobre as possibilidades e formas de sintonia entre os seres humanos e os cavalos, companheiros históricos.
Vejam este filme:
Vejam este filme:
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Treino dia - 15 de Outubro
Forças renovadas, treino muito bom!
Apesar de eu ter abusado do pequi no dia anterior (a indigestão foi certa), o treino foi perfeito, principalmente pela manhã.
Uma querida amiga, que é também professora de Ioga, me buscou e acabou observando o treino e irá me apoiar com exercícios, adicionando ainda mais qualidade ao trabalho, que bom! Almoçamos com amigos queridos e fui embora em excelente companhia. É maravilhoso ter tão bons amigos com quem contar e que contam comigo também.
Safira e eu estamos cada vez mais próxima e chego a sentir saudades dela! Espero que ela também, claro.
Dia do professor, não podia deixar de homenagear publicamente meu querido mestre, Cel. Hugo Wickert. Obrigada por todas as lições, paciência e fidelidade.
Hoje o coronel me brindou com um toque à mais: aprendi a caminhar para a frente porém com Safira andando de lado, lindo!!!!
Como estive muito ocupada no mês passado, não consegui nem enviar o treino a todos os amigos e familiares, retomo agora minhas postagens com mais detalhes para que acompanhem tudo de pertinho. Torcendo por mim!
Minha filhinha foi comigo desta vez, infelizmente o serviço do google (gmail, blogger, etc) no meu computador tá péssimo, portanto, não estou conseguindo carregar nenhuma foto ou filme como gostaria... vou continar tentando mas sem deixar de postar notícias.
Ah, já que link ele aceita, olha que interessante esta égua: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL798067-6091,00-EGUA+PINTORA+DE+NEVADA+VAI+EXIBIR+SUAS+OBRAS+NA+ITALIA.html
Aproveito a deixa para que aqueles que não sabem que sou artista plástica conheçam meu novo site: http://www.mariadosol.kit.net/
Apesar de eu ter abusado do pequi no dia anterior (a indigestão foi certa), o treino foi perfeito, principalmente pela manhã.
Uma querida amiga, que é também professora de Ioga, me buscou e acabou observando o treino e irá me apoiar com exercícios, adicionando ainda mais qualidade ao trabalho, que bom! Almoçamos com amigos queridos e fui embora em excelente companhia. É maravilhoso ter tão bons amigos com quem contar e que contam comigo também.
Safira e eu estamos cada vez mais próxima e chego a sentir saudades dela! Espero que ela também, claro.
Dia do professor, não podia deixar de homenagear publicamente meu querido mestre, Cel. Hugo Wickert. Obrigada por todas as lições, paciência e fidelidade.
Hoje o coronel me brindou com um toque à mais: aprendi a caminhar para a frente porém com Safira andando de lado, lindo!!!!
Como estive muito ocupada no mês passado, não consegui nem enviar o treino a todos os amigos e familiares, retomo agora minhas postagens com mais detalhes para que acompanhem tudo de pertinho. Torcendo por mim!
Minha filhinha foi comigo desta vez, infelizmente o serviço do google (gmail, blogger, etc) no meu computador tá péssimo, portanto, não estou conseguindo carregar nenhuma foto ou filme como gostaria... vou continar tentando mas sem deixar de postar notícias.
Ah, já que link ele aceita, olha que interessante esta égua: http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL798067-6091,00-EGUA+PINTORA+DE+NEVADA+VAI+EXIBIR+SUAS+OBRAS+NA+ITALIA.html
Aproveito a deixa para que aqueles que não sabem que sou artista plástica conheçam meu novo site: http://www.mariadosol.kit.net/
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sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Treino - 9 de Outubro
Ontem o treino foi maravilhoso, estou conseguindo impulsão e equilíbrio mesmo sem as próteses, treinamos com música, o que gosto muito mas não fiquei para a parte da tarde.
Safira tem sentido a perna o que nos preocupa um pouco, mas ainda assim o treino correu muito bem.
Safira tem sentido a perna o que nos preocupa um pouco, mas ainda assim o treino correu muito bem.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Treino - 3 de Outubro (Sexta)
Não me lembrei de levar máquina fotográfica nesta semana, o que foi uma pena.
Esta semana senti uma certa falta de estímulo geral, contra a qual lutei e superei, pois no início do treino senti no corpo a dificuldade gerada por ter pulado um dia de treino (força maior) e isso me fez fraquejar por um tempo. Entrei no treino já desestimulada, sentindo um retrocesso ao invés de um progresso, triste por conta disso mas empenhada nas orientações de meu mestre.
O mais bonito de perseverar é ver que somente ao fazer isso é que vamos saber o que reserva. Nunca sabemos antes de tentar, é sempre, sim, uma surpresa, o inesperado carregado de algum sentimento como esperança, fé, medo ou incerteza. Pois no meio do treino, dando o melhor de mim sem ver resultado imediato algum, consegui fazer um dos movimentos de equitação que mais tentava fazer, lia sobre isso, mas não conseguia de jeito nenhum, simplesmente meus músculos não respondiam, por mais que eu tentasse.
Fui então instantaneamente reabastecida de ânimo e alegria, retomei minha posição e segui até o fim do treino, com um passo dado, um ganho muito especial! Coronel também percebeu e fiquei muito feliz por ver o quanto ele me incentiva sem desanimar, apesar de eu fazer muita coisa de modo muito, muito principiante.
Esta semana senti uma certa falta de estímulo geral, contra a qual lutei e superei, pois no início do treino senti no corpo a dificuldade gerada por ter pulado um dia de treino (força maior) e isso me fez fraquejar por um tempo. Entrei no treino já desestimulada, sentindo um retrocesso ao invés de um progresso, triste por conta disso mas empenhada nas orientações de meu mestre.
O mais bonito de perseverar é ver que somente ao fazer isso é que vamos saber o que reserva. Nunca sabemos antes de tentar, é sempre, sim, uma surpresa, o inesperado carregado de algum sentimento como esperança, fé, medo ou incerteza. Pois no meio do treino, dando o melhor de mim sem ver resultado imediato algum, consegui fazer um dos movimentos de equitação que mais tentava fazer, lia sobre isso, mas não conseguia de jeito nenhum, simplesmente meus músculos não respondiam, por mais que eu tentasse.
Fui então instantaneamente reabastecida de ânimo e alegria, retomei minha posição e segui até o fim do treino, com um passo dado, um ganho muito especial! Coronel também percebeu e fiquei muito feliz por ver o quanto ele me incentiva sem desanimar, apesar de eu fazer muita coisa de modo muito, muito principiante.
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domingo, 28 de setembro de 2008
Para rir um pouquinho...
Fuçando uns links que achei na internet e deixo para ver em um belo domingo como este, encontrei este vídeo hilário no site de uma amazona portuguesa, Sofia da Silva Pinto. É uma piada meio seletiva pois somente quem sabe o que é adestramento vai entender. Para os que não compreendem inglês e os que, como eu, nem sequer sabem que língua é esta que aparece na legenda, a historinha é o seguinte:
Um chefão da máfia manda roubar o melhor cavalo que encontararem para ganhar todas as corridas. Os seguidores do chefão vão então ver o cavalo e o cara que o conseguiu pede o dinheiro adiantado e, depois, afirma que é o melhor cavalo da europa. A cena então passa para as corridas e o cavalo entra, com os mafiosos ansiosos por ver sua atuação, então...
Um chefão da máfia manda roubar o melhor cavalo que encontararem para ganhar todas as corridas. Os seguidores do chefão vão então ver o cavalo e o cara que o conseguiu pede o dinheiro adiantado e, depois, afirma que é o melhor cavalo da europa. A cena então passa para as corridas e o cavalo entra, com os mafiosos ansiosos por ver sua atuação, então...
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Camisetas Pintadas - pode encomendar!
Apresento uma pequena amostra das camisetas que citei na postagem anterior. Totalmente pintadas à mão, em camiseta de algodão de alta qualidade nos tamanhos P e G (por enquanto). Quem quiser uma, mande uma postagem para mim.
Valor R$ 30 + despesas de envio (dá pra enviar por correio comum).
sábado, 20 de setembro de 2008
Treino dias 8 e 9 - intensivão!
E lá fui eu, desta vez com o apoio da Prefeitura Municipal de Pirenópolis. Saí às 7 horas em uma ambulância diminuta com destino a Brasília. Tudo muito tranquilo até chegar na via Estrutural, meu Deus, Brasília está definitivamente com trânsito! Perdemos cerca de 40 minutos em marcha lenta, afff...
Cheguei cedo e fui apresentar minha nova moda: camisetas com cavalos pintados. A idéia é custear minhas idas e vindas com este trabalho e, quem sabe, ter algum lucro também! A aceitação inicial foi muito boa e pude contar com o apoio da querida Tereza, que também é artista e trabalha na ANDE, para divulgar o material e oferecer em outras lojas eqüestres. No final do dia fizemos (eu, Tereza e Arthur) uma via sacra visitando todas. Foi ótimo e renderam encomendas e vendas, graças à Tereza e sua boa vontade, obrigada!
Safira e eu estamos muito amigas. É muito bom sentir esta conexão com um animal tão nobre e especial, uma harmonia necessária quando se desenvolve um trabalho como este, pois depende dos dois em conjunto: cavalo e cavaleiro, no caso égua e amazona.
Experimentei pela primeira vez montar sem as próteses na cela, mas devo confessar que estou um pouco resistente quanto à montar sem as próteses, quem diria, pois me sinto bem menos segura e pareço regredir. No entanto, Coronel Wickert diz ser necessário pois o exercício de equilíbrio que tenho que fazer sem as próteses é muito maior, o que me favorecerá muito para quando estiver com as próteses. Claro que concordo com ele e sinto isso na prática.
Coronel trouxe a música para ditar o ritmo e gostei muito! Senti que Safira também gostou de ter o ritmo de sua passada ditado pela música.
Treinei pela manhã, à tarde e novamente na sexta pela manhã. O intensivão rendeu-me uma bolha nas nádegas! Acreditem! Bem que o Coronel Marcon me alertou: um bom cavaleiro ou amazona tem que saber: muito hipoglós, sem constrangimento! hahahaha.
É muito gostosa a sensação de exercitar-se, ter seu corpo em movimento, suar e descansar após essa injeção de endorfinas, todo mundo devia se exercitar mesmo! Muito bom!
sábado, 13 de setembro de 2008
Treino dia 5 - 11 de Setembro
Mesmo após pouco tempo treinando já pude sentir como será competir. Como estou fazendo treinos duplos, pois treino pela manhã das 10 às 12h e pela tarde das 14 às 15:30h aproximadamente, o rendimento tem sido muito bom.
Nesta quinta, particularmente, não treinei à tarde mas, mesmo assim, com o condicionamento físico adquirido, harmonia do conjunto (eu e a égua Safira) e assimilação dos conteúdos passados por meu mestre Coronel Wickert, pude executar várias reprises de adestramento de maneira livre.
Ainda me confundo quando o coronel, com sua voz forte e experiente com um tom de docura, me repreende ao errar um movimento. Ainda estou no começo, sei disso, mas meu entusiasmo é o mesmo do primeiro dia!
Agora estou treinando com as próteses e sem as próteses, procurando encontrar a melhor maneira e treinando o equilíbrio de vários pontos.
Coronel me concedeu uma cópia de um livro incrível chamado "Equitação Centrada", ainda sem tradução para o português, de Sally Swift, que li durante toda a semana anterior ao dia do treino e os ensinamentos são realmente incríveis! A maneira profunda com que a autora lida com os temas equilíbrio, respiração, movimento do cavaleiro e do cavalo, anatomia e equitação são realmente transformadores. Pude adquirir uma consciência totalmente diferente de meu corpo, do corpo do cavalo e da equitação com estes conhecimentos e senti a diferença ao montar.
Quando estou montando fico inteiramente entregue e focada no que estou fazendo e, por alguns momentos, sinto aquela suave e enebriante sensação de fazer parte do movimento, de ser um com o cavalo, entregue e em perfeita harmonia, sem esforço. Lógico que ainda perco isso instantes depois, mas já vale a sensação!
O hipismo nas paraolimpíadas já deu uma medalha de bronze para o Brasil, o que é um feito histórico pois é a primeira medalha de hipismo da América Latina! O hipismo é um esporte muito caro, por isso poucos atletas de países economicamente menos favorecidos podem ter a oportunidade de praticar e chegar ao nível de atletas de outras partes do mundo que realmente investem pesado nos esportes. Ainda assim, tudo é possível!
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Capa de Revista - Uma Honra!
Quem diria! Saí, com muito orgulho, na capa da revista nacional de Equoterapia. A convite da ANDE - Associação Nacional de Equoterapia, onde treino.
E cá estamos, eu e Safira, para conferirem! Eu adorei a foto, parabéns Vinícius!
Para quem não sabe, aproveito a deixa para dizer que dia 5 de Setembro foram iniciadas as Paraolimpíadas de Pequim, com diversas modalidades esportivas e com a mesma importância das olimpíadas. Vale a pena conferir.
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Treino dia 4 - Novas Soluções
Demorei em postar este pois precisava de calma para escrevê-lo.
Este último treino foi especial, pois pude sentir que com um pouco de persistência, boa vontade e bons mestres podemos chegar a qualquer lugar no esporte e na vida.
Treinei pela manhã e pela tarde, o que não é fácil, exige muito fisicamente.
Em um determinado momento, procurando meu equilíbrio perfeito, foco principal de nossos treinos até agora, vi que é quase impossível encontrá-lo sem as próteses, já que o peso de meu corpo fica totalmente desequilibrado em relação ao cavalo, fazendo com que eu tenha que reencontrar constantemente um ponto de equilíbrio a cada movimento, e são muitos movimentos! Fui tomada por uma certa frustração, parecia que não evoluia! Pelo menos não no ritmo que almejo, restava a paciência e a perseverança, que eu empenho com amor nos treinos.
Conversamos e cheguei a pensar em um peso na perna que compensasse isso. Conversando com meu marido, que almoçou comigo naquele dia, ele me disse: "porque não usa as próteses, não há peso melhor que esse!". Parei e pensei: "não custa tentar, o momento é agora!"
De volta ao treino da tarde conversei com Coronel Wickert que concordou, reforçando que havia pensado nisso também.
Foi quando montei, pela primeira vez desde que comecei oficialmente o hipismo, com as próteses e com alguns detalhes adicionais também: culote (calça especial para o hipismo) e sela para adestramento.
Meu Deus, como foi mais fácil montar! Eu insistia que com as próteses era difícil montar pois elas tendem a cair, desviando minha atenção, prendendo meus movimentos e machucando, mas agora, com mais experiência e com treinamento direcionado, foi muito bom, pois equilibrou meu peso no centro da sela, me dando o equilíbrio e controle que me escapuliam por entre os dedos a todo momento. Ainda machucou um pouco, mas acredito que é só uma questão de hábito.
Pude então experimentar minha primeira sequência de adestramento! Foi realmente emocionante!! Foi como um salto, uma breve sensação de que sim, posso alcançar grandes resultados!
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sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Treino - dia 3
... sem perder o fio da meada!
Nesta quinta compreendi o sentido de continuidade. Não importa o que acontecer, é preciso dar continuidade ao que se pretende fazer. Embora esta semana tenha representado o verdadeiro sentido do caos para mim, consegui ir ao treino. Um pouco cansadinha, com certeza, com minha filhinha à tira-colo dessa vez, mas firme.
Acho que Safira também não estava em seus melhores dias não, deve ter brigado com o namorado ou algo assim, pois estava visivelmente desinteressada no processo. Normal, todos temos nossos dias...
A continuidade permite que todo o ganho da semana anterior não tenha sido em vão. Um pouquinho de cada vez vou crescendo em meu condicionamento, equilíbrio e conhecimento, construindo uma estrada onde o céu é o limite!
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terça-feira, 26 de agosto de 2008
Um dia de cada vez
A vida é algo que não segue nossos planos na maioria das vezes. Claro que seguimos sempre em uma direção: a almejada, mas o percurso nunca conhecemos de antemão.
Vale o exemplo dos grandes atletas que foram para as olimpíadas e saíram decepcionados após anos de dedicação, assim como podemos citar o contrário também, alguns não tinham certeza de que iriam chegar onde chegaram e trouxeram o ouro para seus países.
Eu sigo caminhando um dia de cada vez. Com quatro crianças em casa é difícil prever o que o dia nos reserva, mas sempre vejo que, com um certo malabarismo, dá pra atingir metas sim, desde que traçadas de uma forma possível.
Estou na academia, entrando na terceira semana. Parece pouco, mas já fico feliz por mim mesma pois, ainda que conseguir estar lá às 7:20h da manhã diariamente (exceto no dia do treino) seja realmente uma tarefa que exige organização e, em alguns momentos, correria, quando estou lá e quando volto sinto um imenso prazer por ter conseguido hoje.
E é assim que os mais sábios ensinaram, viver o hoje feliz, pois o amanhã ninguém sabe e cada passo em direção do amanhã só pode ser dado no presente.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Recebi este email de meu primo e achei interessante comentar: "Legal Sol, acabei de ler o seu blog. Parabéns mais uma vez. A foto do exercicio de girar o braço em cima da cabeça ficou ótima, ja deu pra ver q deve estar com um equilíbrio ótimo pra fazer isso. Vc sempre treina com esse mesmo cavalo, o branco? Vc sempre vai sem prótese? Fiquei pensando nisso outro dia e achei que montar sem prótese é provavelmente mais confortável pra vc, né? Além do mais, acho que o que realmente a mantém presa no cavalo é a pressão das coxas no cavalo... Eu o Júlio estavamos debatendo isso outro dia... conte mais... Eu nao contei, mas quando eu fui pra Portugal no ano passado com minha namorada, a gente viajou até Ponte de Lima que fica bem ao Norte de Portugal lotado de montanhas. Um dos melhores dias das nossa férias foi quando fomos pra essas montanhas para um passeio à cavalo. Foi um verdadeiro espetáculo! Um beijo".
Fiquei muito feliz por seu interesse e curiosidade, ainda mais sabendo que gostou da experiência de montar. Decidi postar aqui para elucidar um pouco mais tudo o que vem acontecendo, espero que não se importe!
Sobre o equilíbrio, como ando de próteses, que são praticamente "pernas de pau", meu equilíbrio já era bom, claro que no cavalo é diferente pois exige muito mais com força também.
Coronel Marcon uma vez me disse: "um bom cavaleiro ou amazona tem que ter pernas de aço, cintura de borracha e mãos de seda". É um pouco enganoso pensar que o equilíbrio se encontra nas pernas, quando na verdade é o eixo do corpo. As pernas servem somente para manter o corpo alinhado, a pressão é constante, mas suave, senão prende a coluna, portanto, o movimento todo. Coronel Wickert me disse na aula anterior que somente quando nos tornamos como minotauros, estaremos prontos, ou seja, como se meu corpo fizesse parte do corpo do cavalo, naturalmente. A cada dia aprendo mais sobre este equilíbrio delicado que envolve também comando, postura e controle do corpo e mente, pois o cavalo além de sentir cada pressão e movimento de meu corpo, também as compreende como sinais, assim como os pensamentos que tenho. Muitas vezes somente pensamos no que queremos e o cavalo reage!
Sobre montar sem as próteses, foi uma opção minha desde o início. As próteses não são firmes em minhas pernas, portanto, quando monto elas não acompanham a curvatura da barriga do cavalo, fazendo com que eu fique muito concentrada em mantê-las presas em minhas pernas. Como o lugar onde prendo os pés é solto, também ajuda a soltar as próteses de minhas pernas, ao invés de oferecer firmeza, vira uma luta de equilíbrio que some quando tiro as próteses. Para minha sorte não faz falta nesta modalidade, pois não chegarei a saltar e, como fui classificada como nível IV, mesmo sem os pés, posso competir em igualdade tanto em provas equestres como para equestres.
Claro que no local onde treino tenho toda a estrutura para montar o cavalo sem precisar que alguém me coloque lá, o que ajuda muito!
Sobre o cavalo, que na realidade é a égua Safira, sim, sempre monto ela desde que iniciei oficialmente meus treinos em caráter competitivo. Ela é uma égua branca linda, puro-sangue lusitano (ou andaluz), raça indicada para o adestramento por suas múltiplas qualidades. Ela já é treinada, o que ajuda muito, além disso é muito inteligente e uma delícia de montar. Estamos nos dando muito bem, mas nem sempre vou poder montá-la, principalmente em competições, pois é caríssimo o transporte de cavalos, o que prejudica muito os competidores, ainda mais no meu caso que monto sem as ajudas de perna.
Espero que tenha compreendido melhor, que continue acompanhando e que as informações tenham ajudado outros a compreenderem melhor esta modalidade e casos como o meu.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Treino - dia 2
O treino desta quinta foi muito especial. Apesar do intervalo inesperado da semana passada (não fui), que atrapalhou sim um pouco do rendimento do treino, não impediu que conseguíssemos recuperar o tempo perdido, avançando no desenvolvimento do conjunto Sol&Safira.
Coronel Wickert, como sempre, impecável em suas orientações e olho clínico, me pôs para fazer alongamento montada em Safira. Uma delícia! Primeiramente parada, depois em movimento, o que é mais um instrumento de desenvolvimento de equilíbrio. O mais difícil é, em movimento circular (ao passo e ao trote) girar o braço no alto da cabeça e até as costas acompanhando com a cabeça.
Pude desenvolver meu trote e equilíbrio e, pela primeira vez, saí do picadeiro com Safira para uma seção de fotos. Ficamos inseguros pois Safira é muito atenta a tudo o que se passa e reage muito facilmente. Eu não ia cair, mas por via das dúvidas... fiquei bem atenta!
Treinamos pela primeira vez duas vezes em um dia, com a intenção de potencializar meu tempo em Brasília. Foi muito bom e vi que em pouco tempo estarei acostumada com este período e, quem sabe, estar indo também mais de uma vez.
Ana Maria tem sido também uma companheira essencial no nosso treino pois seu olhar atento soma no trabalho do Coronel, sem falar em sua simpatia especial. Obrigada Ana Maria!
Um dos pontos que acabamos observando desta vez como prejudicial em meus treinos é a roupa (não estou indo com a roupa ideal): a roupa de treino tem que ser essencialmente confortável. Calça justa mas não apertada, de um tecido que ofereça uma certa aderência, para não deslizarmos do cavalo. A blusa deve ser confortável e de um comprimento que permita que seja presa dentro da calça, evitando que o movimento do cavalo faça com que a blusa suba e incomode. Capacete também é essencial, firme sem ser apertado acho o ideal.
Desta vez meu pai foi acompanhar um pouco do treino, fiquei muito feliz por sua presença ali. Daqui a pouco vão conhecer toda a minha família!
Coronel Wickert, como sempre, impecável em suas orientações e olho clínico, me pôs para fazer alongamento montada em Safira. Uma delícia! Primeiramente parada, depois em movimento, o que é mais um instrumento de desenvolvimento de equilíbrio. O mais difícil é, em movimento circular (ao passo e ao trote) girar o braço no alto da cabeça e até as costas acompanhando com a cabeça.
Pude desenvolver meu trote e equilíbrio e, pela primeira vez, saí do picadeiro com Safira para uma seção de fotos. Ficamos inseguros pois Safira é muito atenta a tudo o que se passa e reage muito facilmente. Eu não ia cair, mas por via das dúvidas... fiquei bem atenta!
Treinamos pela primeira vez duas vezes em um dia, com a intenção de potencializar meu tempo em Brasília. Foi muito bom e vi que em pouco tempo estarei acostumada com este período e, quem sabe, estar indo também mais de uma vez.
Ana Maria tem sido também uma companheira essencial no nosso treino pois seu olhar atento soma no trabalho do Coronel, sem falar em sua simpatia especial. Obrigada Ana Maria!
Um dos pontos que acabamos observando desta vez como prejudicial em meus treinos é a roupa (não estou indo com a roupa ideal): a roupa de treino tem que ser essencialmente confortável. Calça justa mas não apertada, de um tecido que ofereça uma certa aderência, para não deslizarmos do cavalo. A blusa deve ser confortável e de um comprimento que permita que seja presa dentro da calça, evitando que o movimento do cavalo faça com que a blusa suba e incomode. Capacete também é essencial, firme sem ser apertado acho o ideal.
Desta vez meu pai foi acompanhar um pouco do treino, fiquei muito feliz por sua presença ali. Daqui a pouco vão conhecer toda a minha família!
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terça-feira, 19 de agosto de 2008
O Adestramento
Pesquisando na internet por informações sobre o adestramento encontrei este texto no site da Sociedade Hípica de Brasília, vejam que belo:
"O Adestramento é, ao mesmo tempo, um esporte, uma arte e uma ciência. É
esporte porque tem regras fixas, exige preparo físico e pressupõe a competição;
é arte porque impõe sentimento e sensibilidade para conduzir a energia,
interpretar as reações e associar-se à beleza e à leveza dos movimentos do
cavalo, muito maior e mais forte que o artista; é ciência porque exige
conhecimento da mecânica dos movimentos para orientá-los na direção do
objetivo almejado, com o mínimo de perda de energia".
"O Adestramento é, ao mesmo tempo, um esporte, uma arte e uma ciência. É
esporte porque tem regras fixas, exige preparo físico e pressupõe a competição;
é arte porque impõe sentimento e sensibilidade para conduzir a energia,
interpretar as reações e associar-se à beleza e à leveza dos movimentos do
cavalo, muito maior e mais forte que o artista; é ciência porque exige
conhecimento da mecânica dos movimentos para orientá-los na direção do
objetivo almejado, com o mínimo de perda de energia".
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Reflexões importantes
Correndo o risco de ser superficial em minhas observações (pois não consegui muitas informações a respeito), gostaria de discursar sobre o esporte e o mundo.
Quando digo o mundo, me refiro aos atletas e para-atletas de todo o mundo e seus diferentes contextos. O Brasil é uma potência olímpica, sabe-se muito bem disso, mas para que um(a) atleta possa, de fato, chegar a um nível mundial, precisa de muita, muita dedicação. Tem muita gente disposta a se dedicar por inteiro ao esporte, por vocação e paixão, mas poucos têm condições financeiras para isso ou conseguem o apoio necessário para isso.
Diante dessa realidade, o Brasil, que poderia ter muito mais apoio e visibilidade através do esporte, como já tem por meio do turismo e suas belezas, fica sempre a desejar em termos de competitividade geral (pois não dá pra desmerecer tudo o que muitos de nossos maravilhosos atletas fizeram e ainda fazem).
A grande maioria dos atletas tem de enfrentar muitas dificuldades para, então, conseguirem o merecido apoio para que se dediquem ao esporte.
Fico um pouco triste com isso por ver que o Brasil perde muito com esta realidade, enquanto os políticos (como todos tristemente sabemos) ganham muito mais do que precisariam para viver e deixam faltar na saúde, educação, esporte e cultura, o que fortaleceria de fato o país, melhorando-o não só para quem precisa disso mas também para quem mora no Brasil, ou seja, todos nós sem distinção.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
O sucesso encontra os que perseveram
Sempre gostei de ouvir histórias de pessoas que conseguiram fazer com que seus sonhos se realizassem e praticamente nenhuma disse: "ah, foi super simples, foi só começar e continuar com tranquilidade e cheguei até aqui". Quem dera!
O que se ouve é: ..."poucos sabem o que passei para chegar até aqui, muita gente não acreditou em mim, no início não tinha dinheiro nem para as coisas básicas, mas acreditei em mim e com perseverança cheguei até aqui".
Estou sentindo isso na pele. Cada um vai ter que superar o seu obstáculo, pois cada história é uma história. O meu obstáculo no momento se chama transporte. Treinar longe para mim significa: enfrentar a dor de usar as próteses (pois na maioria do tempo minhas pernas estão feridas), passar grande parte do tempo no trajeto, me organizar para que minhas filhas fiquem bem onde moro (o que significa pagar alguém e confiar nesta pessoa), cuidar para que meu marido fique amparado também, conseguir alguém que me transporte com carinho para o local do treino, treinar (o que é tão delicioso quanto cansativo, pois é esforço físico), deixar organizado para que eu tenha onde almoçar ou ter sempre dinheiro para isso, ter onde descansar pelo menos um pouco pois não posso ficar muito tempo com as próteses nas pernas, ter como voltar, ter dinheiro para custear isso.
Mas como toda história de superação, estou muito disposta a enfrentar todos estes obstáculos, de cabeça erguida e com fé, como um rio que continua seu curso diante dos obstáculos.
O transporte tem sido a maior dificuldade até agora pois ainda não consegui algo fixo e confiável. Por exemplo, ontem não pude treinar por falta de ônibus, acreditem, o ônibus não veio, é mole??? Tudo combinadinho, tinha carona de volta (o que é maravilhoso pois de ônibus fico 3 horas e meia no trajeto), todo mundo me esperando na Ande, esquema aqui em casa, e a porcaria da empresa de ônibus falha, simplesmente falha.
Fiquei muito arrasada, pois espero ansiosamente por este dia, leio, estudo, me organizo. Caí de cama com febre, não sei se por isso ou se por um monte de outras coisas, ou tudo junto. Nem consegui escrever ontem.
Bem, cá estou e já consegui falar com políticos daqui para me darem apoio da Prefeitura para transporte e, se Deus quiser, vai dar certo!
O que se ouve é: ..."poucos sabem o que passei para chegar até aqui, muita gente não acreditou em mim, no início não tinha dinheiro nem para as coisas básicas, mas acreditei em mim e com perseverança cheguei até aqui".
Estou sentindo isso na pele. Cada um vai ter que superar o seu obstáculo, pois cada história é uma história. O meu obstáculo no momento se chama transporte. Treinar longe para mim significa: enfrentar a dor de usar as próteses (pois na maioria do tempo minhas pernas estão feridas), passar grande parte do tempo no trajeto, me organizar para que minhas filhas fiquem bem onde moro (o que significa pagar alguém e confiar nesta pessoa), cuidar para que meu marido fique amparado também, conseguir alguém que me transporte com carinho para o local do treino, treinar (o que é tão delicioso quanto cansativo, pois é esforço físico), deixar organizado para que eu tenha onde almoçar ou ter sempre dinheiro para isso, ter onde descansar pelo menos um pouco pois não posso ficar muito tempo com as próteses nas pernas, ter como voltar, ter dinheiro para custear isso.
Mas como toda história de superação, estou muito disposta a enfrentar todos estes obstáculos, de cabeça erguida e com fé, como um rio que continua seu curso diante dos obstáculos.
O transporte tem sido a maior dificuldade até agora pois ainda não consegui algo fixo e confiável. Por exemplo, ontem não pude treinar por falta de ônibus, acreditem, o ônibus não veio, é mole??? Tudo combinadinho, tinha carona de volta (o que é maravilhoso pois de ônibus fico 3 horas e meia no trajeto), todo mundo me esperando na Ande, esquema aqui em casa, e a porcaria da empresa de ônibus falha, simplesmente falha.
Fiquei muito arrasada, pois espero ansiosamente por este dia, leio, estudo, me organizo. Caí de cama com febre, não sei se por isso ou se por um monte de outras coisas, ou tudo junto. Nem consegui escrever ontem.
Bem, cá estou e já consegui falar com políticos daqui para me darem apoio da Prefeitura para transporte e, se Deus quiser, vai dar certo!
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Refinando a Percepção
Como a grande maioria das pessoas, eu também via o cavalo como um animal, muito bonito sim, mas que deveria responder aos comandos que eu fizesse em cima dele. Caso não repondesse, era só dar umas chicotadas, apertadas e puxões mostrando "quem manda".
Hoje já me envergonho, e muito, desse ponto de vista totalmente sem conhecimento ou sensibilidade. Sempre amei animais, sempre fui sensível a eles, mas isso não me impediu de tomar uma postura de superioridade ao me relacionar com cavalos.
Ganhei, do querido Coronel Marcon (ANDE Brasil), o livro "Adestramento para o Jovem Cavaleiro", e penetrei totalmente na verdadeira percepção de como deve ser a relação ser humano/ser cavalo. Principais coisas que aprendi:
Hoje já me envergonho, e muito, desse ponto de vista totalmente sem conhecimento ou sensibilidade. Sempre amei animais, sempre fui sensível a eles, mas isso não me impediu de tomar uma postura de superioridade ao me relacionar com cavalos.
Ganhei, do querido Coronel Marcon (ANDE Brasil), o livro "Adestramento para o Jovem Cavaleiro", e penetrei totalmente na verdadeira percepção de como deve ser a relação ser humano/ser cavalo. Principais coisas que aprendi:
- Pude compreender a fisiologia do cavalo, como o cavalo sente nosso peso em relação à sua coluna vertebral e equilíbrio do corpo, como ele reage às pequenas alterações de peso e equilíbrio e como ele faz para se adequar com uma pessoa em cima de um dos pontos mais sensíveis em todos, a coluna;
- Comprendi também como o cavalo sente a rédea que está presa em sua boca, composta de milhares de terminações nervosas, sensível a qualquer movimento;
- Normalmente um cavalo "desobediente" é fruto de um mau cavaleiro que não oferece as ajudas (comandos) corretamente (o cavalo fica confuso, oras!) e nem sabe nada sobre como o cavalo sente a pessoa em cima dele ou as ferramentas que usamos para comandá-los;
- Comecei a achar quase todo mundo que monta um cruel (inclusive eu...) e ver o quanto o cavalo é inteligente e bom, pois deixa um ser muito mais leve e fraco que ele comandá-lo! É um companheiro nosso, isso sim!
- Aprendi a correta maneira de montar e equilibrar o meu peso também, favorecendo o cavalo em minha condução;
- E continuo lendo...
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Vale muito a pena ver
Fuçadeira de internet como sou, desde que começei a entrar nesse universo lindo que é o hipismo, começei a achar um monte de coisas.
Os vídeos do YouTube são as mais interessantes, principalmente para iniciantes completos como eu. O adestramento, ou Dressage, tem duas modalidades, o clássico e o livre (freestyle dressage), sendo este último uma verdadeira dança com o cavalo que, com isso, prova inequivocamente que é mais inteligente que muita gente por aí!
Vale a pena ver a atuação, na modalidade Freestyle, da atleta campeã da Alemanha Ulla Salzgeber e seu cavalo Rusty, dançando belamente juntos. Clique aqui e babe!
Me tornando uma atleta com bom condicionamento, ufa!
Ontem começei algo que considerava quase impossível: entrei para uma academia.
Como agora a idéia é ser atleta mesmo, tenho que fazer mais por isso e estar com um bom condicionamento físico é essencial, ou não é? Só não vale exagerar como certas pessoas. Clique aqui e abafe o caso...
Vou 7:20h da manhã, ao levar minha filha número 3, Iara Vida, para a escolinha, que fica na mesma rua da academia.
No primeiro fiquei meio sem saber como fazer, pois tive que tirar minhas próteses e sair de joelhos entre espelhos, pessoas e vidros por todo o lado. A sorte é que muita gente me conhece na cidade e meu professor tem uma postura profissional muito legal. Correu tudo bem e hoje já me senti mais à vontade, apesar das partes doloridas do corpo, ái!
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Quinta-feira, 7 de Agosto de 2008
iniciei oficialmente minhas atividades como atleta, montando na égua treinada que providenciaram especialmente para meus treinamentos, a linda Safira. Estou sendo orientada pelo grande professor de equitação e adestramento Hugo Wickert, o cara sabe muito!!!
Tive a grande alegria de ter meu querido avô Vilela e meu não menos querido irmão Arthur comigo, acompanhando tudo com alegria.
Meu avô, carismático e comunicativo como é, soltou (para meu total espanto) que foi o fundador de uma das Hípicas de Belo Horizonte! Que coisa incrível, tá no sangue! Aposto que muita gente que conhece ele não sabia disso. Disse que na época comprou, de seu bolso 70 cavalos e foi tido como revolucionário, como iriam arranjar tantos alunos assim? Pois conseguiram e a hípica foi um sucesso.
Foi muito bom fazer o acompanhamento de guia, que é a melhor maneira de se aprender corretamente a montar. Foram 2 horas de treinamento e nem vi o tempo passar entre volteios e trotes macios da Safira. No final, uns pedacinhos merecidos de rapadura para ela, claro.
Devo postar aqui meus sinceros agradecimentos à Ande, por tudo o que tem feito por mim, por todo o apoio e por acreditar em meu potencial, fazendo de tudo para que eu consiga seguir adiante. Vocês são incríveis!
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E foi assim que tudo começou...
Para quem não me conhece, moro em Pirenópolis, Goiás, uma cidadezinha histórica linda em meio a serras e cachoeiras. Sou casada com George e tenho quatro filhas lindas.
Enquanto morei em Brasília descobri que morava perto da Associação Nacional de Equoterapia(terapia comcavalos reconhecida mundialmente), a ANDE Brasil. Achei muito bom e, como estava com dores lombares muito fortes, pensei que seria uma boa para fortalecer meus músculos e ter contato com cavalos, que sempre amei.Desde então meu destino mudou e senti Deus abrindo todas as portas para chegar onde estou: atleta equestre. Consegui uma vaga milagrosamente e logo comecei a fazer as sessões. Meu orientador, o querido Vinícius, observou que eu montava de um jeito especial, ou seja, que eu levo jeito para a coisa. Sempre amei montar!
Diante disso começamos a conversar sobre esportes Para Equestres e sobre o que eu achava da possibilidade de ir evoluindo para, quem sabe, me tornar uma atleta e competir.
Eu, toda empolgada, ameeei a idéia, claaaro!!!! Mas ainda era só uma idéia.
Já em minha terceira aula o Vinícius trouxe o Coronel Marcon (a ANDE é uma entidade do exército)para me observar montando e não me deu muitos detalhes. O Coronel me observou por um tempo, me orientou em alguns movimentos em volta do picadeiro onde monto e eu simplesmente obedeci, sem saber muito bem do que se tratava. Ele então se despediu e saiu com o Vinícius enquanto eu descia do cavalo com auxílio do acompanhante das aulas.
Logo volta o Vinícius, animado como é, dizendo que o Coronel Marcon, experiente adestrador e professor de equitação, estava me avaliando e disse que eu tenho muito potencial e que, se eu estivesse interessada, iriam dar continuidade para que me tornasse uma atleta de verdade. Além disso, me disse também que a Ande, embora seja uma instituição reconhecida internacionalmente e a única formadora de ecoterapeutas do país, não tem nenhum atleta que represente a instituição e que já estavam pensando em eu ser esta pessoa.
Imaginem, 32 anos, quatro filhas, um monte de dificuldades na vida e uma oportunidade dessas cai do céu?! Fiquei reluzente, parecia um presente de Deus, só isso e senti que deveria continuar seguindo o fluxo, até onde Deus quiser continuar levando.
De lá pra cá tive mais aulas, me encaminharam para um grande professor de adestramento (modalidade equestre que estou treinando), o coronel Wickert que já, inclusive, cedeu sua égua linda branca de crina longa, a Safira, já adestrada, para que eu possa treinar.
Também aconteceu um outro brinde de Deus: a última aula à qual compareci "coincidiu", exatamente, com o Campeonato Brasileiro deAdestramento Para Equestre, ou seja, a seleção final das olimpíadas dePequim! Estive lá (foi na Hípica de Brasília), conheci um monte de gente incrível e, como se não bastasse, estava presente a única pessoa do Brasil e da América Latina que faz a classificação da modalidade na qual a pessoa portadora de deficiência será inserida. Fui apresentada à Gabriele, uma alemã forte, e a empatia foi instantânea. Acreditam que ela saiu da competição para me avaliar? Foi muito engraçada a avaliação, ela media minha força muscular, equilíbrio, dificuldades e, por fim perguntou: não existe um grau acima do normal não? Morri de rir porque sempre soube que tinha um bom equilíbrio, treinado em anos de próteses e atividades radicais, que também fortaleceram meus músculos, mas foi muito engraçado ela falar aquilo. Me disse: "Sabe quando você vai cair do cavalo? Nunca!Só se o cavalo cair com você." Esta avaliação, para que compreendam o que isso significa, é imprescindível para que eu participe de qualquer competição nacional ou internacional, sem passar por Gabriele (que mora no interior de SãoPaulo e anda por todo o mundo), ninguém pode competir! Eu já posso tirar minha carteirinha e competir. Assim que for possível, claro. Fui classificada como Grau IV, o último grau, ou seja, o mais difícil. Como grau IV posso também competir em competições de pessoas sem deficiência alguma em igualdade em um esporte onde homens e mulheres
competem em igualdade e não há um limite de idade definido para parar.
competem em igualdade e não há um limite de idade definido para parar.
Agora estou morando em Pirenópolis, como disse, e estarei indo 1x porsemana para Brasília para treinamentos, iniciando um longo caminho que ainda não sei onde vai dar, mas que estou adorando. Estou conseguindo alguns apoios como traslados de carro ida e volta para a Ande (carona com amigos que já vão), diminuindo a dificuldade e tempo de ir de ônibus e tenho esperanças de que Deus continuará abrindo as portas desse lindo esporte do qual faço parte agora. Isso tudo também me ajudou a emagrecer e cuidar melhor de meu corpo, pois trouxe motivação.
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