terça-feira, 28 de outubro de 2008

Ponto de Interrogação ou reta final?

Para aqueles que acompanham meus passos no caminho do hipismo, gostaria de partilhar estas pequenas palavras, não com pena de mim ou com falta de coragem e determinação, mas sim por pura e simples incapacidade, daqui não sei como ir mais.
Explicando melhor, cheguei a um ponto de meu caminho equestre no qual não sei mais como seguir adiante, é a mais pura verdade.
Desde que iniciei os treinos fora de minha cidade e com recursos financeiros limitados e instáveis (com muito trabalho, vale ressaltar, e alguns apoios), fui seguindo em frente com o que tinha: determinação, coragem, amigos e patrocínios em vista.
No entanto, após 4 meses de treinos fora de onde moro, não consegui os patrocínios que venho tentando (que custeiem ao menos os custos de transporte), os trabalhos que tentei fazer neste meio termo para custear minhas idas também não seguiram em frente e não consegui uma ida e volta estáveis de e para onde moro (essenciais para amenizar o cansaço dos treinos e viagens). A prefeitura também encontra-se em um momento instável pela mudança de prefeito, e não está apoiando nada, estive lá várias vezes.
Uma querida amiga me ajuda com um apoio financeiro e outro grande amigo me traz de volta, no entanto, sem reclamar, vale lembrar, minhas idas têm sido assim:
alguns dias antes do treino firmo com alguma amiga ou parente para que me busque, mas sempre tenho que confirmar no dia para ver se está tudo certo, na maioria das vezes não é a mesma pessoa. Acordo 5:30 no dia do treino e pego o ônibus de R$20 reais para Brasília, chego às 9:30h, tomo uma vitamina de R$3,00 na rodoviária, compro um cartão de celular de R$12 e espero minha carona, entro no carro e seguimos para a ANDE (onde treino), com uma pequena mala de rodinhas que levo e minhas muletas. Na ANDE cumprimento todos e vou me organizar para o treino. Treinamos das 10 às 11:30h ou um pouco mais. O treino é intenso e cansativo, ainda que maravilhoso.
Desço do cavalo e vou almoçar: o ir almoçar depende de muitos fatores pois, se almoço na ANDE, infelizmente, não me sinto bem com o tipo de comida pesada (sem ofensas), portanto, procuro evitar, custa, ao todo com bebida e tal, R$10. Daí, de vez em quando almoço com meu pai, o que exigem que nos movimentemos para algum lugar, ou seja, ou almoço melhor ou descanso porque se fico na ANDE não almoço bem mas descanso no alojamento que, gentilmente, o pessoal me ofereceu, mas se almoço bem não descanso nada.
À tarde treino novamente das 2 às 3:30h ou mais. Logo já tenho a preocupação em estar com tudo organizado para voltar, afinal, são 4 filhas e se perco minha carona sagrada só dá pra pegar o ônibus das 8 da noite, acreditem, e chegar à meia noite! Daí sempre tento alguém para me buscar e levar até a rodoferroviária para me encontrar com minha carona e seguir viagem, pois ele não pode me buscar por conta de seus compromissos. É uma pessoa maravilhosa que não me cobra nada, mas sempre faço questão de contribuir com o que posso.
O valor total disso, se fosse para fazer tudo tranquilo, como espero, seria de, aproximadamente, R$ 50 por ida, ou seja, R$ 200 por mês. Sei que é muito barato, mas a realidade é que ainda nos encontramos em uma situação financeira delicada, porém caminhando para o melhor e, mesmo conseguindo, preciso ter uma condição de ida e vinda mais estável e não tenho conseguido, por mais que tente.

Enfim, fazer isso tudo uma ou outra vez, tudo bem, mas essa maratona está se tornando difícil de aguentar.

Peço a Deus que me possibilite condições de ir, ainda que de ônibus, pegar um táxi ou ter uma pessoa fixa que me busque (para não ter que depender da boa vontade dos amigos sempre, pois toda semana tenho que ver quem pode me buscar e se pode, e não ficar me sentindo vulnerável, focada somente na qualidade do treino), ir para o treino com segurança e tranquilidade levando algo para comer e descansar na ANDE, e poder pegar um táxi, na volta, ou ter alguém que me busque sem problemas já fixo para me encontrar com minha carona com tranquilidade também ou poder pagar para que ele venha me buscar.
Ou ainda, o ideal, que eu tenha meu carro muito em breve e um patrocínio consistente para que me torne uma competidora de qualidade e ganhe muitas competições, focada somente no hipismo.

Continuo com a mesma determinação, saibam disso, mas certa de que só posso fazer o que dou conta e desta maneira estou me sentindo cada vez menos capaz de ir.

Antes de finalizar, gostaria de deixar meus sinceros agradecimentos por todos aqueles que vem me apoiando como podem, sou muito grata e jamais esquecerei. Não citarei nomes pois não pedi autorização a nenhum deles. Obrigada gente!

2 comentários:

Zuzu disse...

Amada,
Não desista, você tem talento e merece ser feliz em sua história.
Vamos pensar juntas uma solução.
Beijão,
Cláudia.

Anônimo disse...

Muito Interessante seu blog, será q poderia nos linkar, trabalhamos com produtos importados para equinos passa lá para dar uma olhada !
Boa Sorte sempre !!